Obra do mês de Outubro: “Datas Campinenses” por Epaminondas Câmara
Apontada como uma das 20 metrópoles brasileiras do futuro, Campina Grande, na Paraíba, é conhecida por ser um dos principais polos industriais e tecnológicos da região Nordeste e América Latina. Também se destaca por ser um importante centro universitário e por ter um recheado calendário cultural com mais de 20 eventos ao longo do ano, destacando a cidade no cenário nacional, principalmente pelos festejos do “Maior São João do Mundo”, o Festival de Inverno, o Encontro da Nova Consciência e o Encontro para a Consciência Cristã.
Carinhosamente chamada de “Rainha da Borborema”, sabe honrar seu lema SOLUM INTER PLURITA, traduzida como “única entre muitos”, levando com orgulho seu brasão. Guardiã da cultura do Nordeste luta para manter as manifestações da cultura popular da cidade e da região, mas também sabe ser pioneira em importar avanços culturais como o cinema, sendo umas das primeiras cidades do Brasil a inaugurar o seu em 1909. Embora tão jovem, com apenas 153 anos, carrega em sua breve história muitas memórias que podem ser resgatadas em suas ruas, praças, igrejas e prédios históricos.
Saber sobre a história de sua cidade significa resgatar e preservar a memória daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.
Considerando as festividades de aniversário da cidade e o Projeto Obra do Mês, a Biblioteca de Obras Raras de Átila Almeida elegeu a obra “Datas Campinenses”, de 1947, de autoria de Epaminondas Câmara que relata acontecimentos importantes na cidade de Campina Grande, entre o período de 1697 a 1945 como uma oportunidade para promoção da história da cidade, por entender que conhecer a história de seu lugar se configura como um instrumento indispensável na construção da identidade pessoal, além de promover um engajamento cívico perante a sociedade.
Entre algumas curiosidades reveladas na obra, destacamos a chegada à cidade do primeiro automóvel, um Studebacker da garage Capital, a inauguração da luz elétrica, o alistamento eleitoral da primeira mulher, a construção da ferrovia Campina-Itabaiana, dentre tantos outros acontecimentos históricos que compõem a memória campinense.
Reiteramos o convite deixado pelo próprio autor na apresentação da obra quando diz que:
“Sua leitura, de qualquer maneira, encaminhará os que, por ventura se preocupam com o progresso da cidade e do município e dele pouco sabem, á tarefa de analisar não somente a curva do mesmo progresso, mas também a ação dos homens que nêles tiveram qualquer parcela de responsabilidade na orientação do povo e do destino das cousas.”
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